A
fé ainda me emociona...ou talvez emoção não seja a palavra correta para
descrever o que sinto.
Vou
precisar da sua ajuda para descrever esse sentimento...vamos à história que me
despertou uma sensação interior que causa comoção e piedade...
Visitei
uma pequena igreja numa semana qualquer, e no meio do sermão do pastor uma
mulher pergunta: “Pastor, é pecado chamar Deus de você?” A resposta é tão intrigante
quanto a pergunta, e talvez a palavra que descreva melhor a resposta e a pergunta
seja: DESNECESSÁRIO!
O
pastor disse que era complicado se referir a Deus como alguém tão próximo, se respeitamos
os mais velhos chamando de “senhor e senhora, porque não respeitar a Deus, bem
mais velho que todos nós?!?”. A imagem que o pobre servo da igreja tem de Deus
é aquela costumaz ideia de um velhinho de barba longa e cabelos longos e cãs,
sentando num trono imponente, segurando uma vara, ou centro, ou seja qualquer
outro objeto longo e fálico qualquer, de aparência bondosa mas com poderes que
deixariam tremendo e temendo até o mais poderoso dos demônios, ou seja, Deus é
o Gandalf divino (aquele personagem de Senhor dos Anéis, um Maia, espírito angelical do mundo tolkieniano,
interpretado no cinema com maestria pelo homossexual mais influente do Reino
Unido Ian Mckellen).
A pergunta chegou em virtude do sermão ser sobre
alguns dos dez mandamentos, e bem no “Não Usarás o Nome do Senhor Teu Deus em
Vão”, o pastor se perdeu e começou com um “nós não sabemos direito o que isso
significa”, Como Assim??? Se não sabe não fala!!!
Imagine a cena: pênalti para o seu time, vocês estão
perdendo, o empate é fundamental para o campeonato, o jogador que todos esperam
pega a bola, coloca na cal e...olha para o lado...para o outro...para a trás e
diz: “Eu não sei bem o que fazer agora! Chuto para que lado essa coisa redonda,
pequena e sem costura para nessa marca branca circular nesse gramado verde?”...Pronto,
esse cara não bate mais o pênalti.
Enfim, o dito cujo soltou essa “Não sei bem o que
isso significa”, então não pregue!
Quando criança eu ouvi uma frase que nunca mais
esqueci: “Se acham que você é um idiota calado, não abra a boca para que não tenham
certeza”, pelo menos calado fica a dúvida se você realmente é um idiota, ou
adotou a postura do sábio por ser um.
E ele falou sobre os judeus que sequer mencionam
o nome de seu Deus, o tetragrama Yhwh, popularmente conhecido como Jeová, e por
isso substituem essa palavra por uma série de outras, como Elohim e Adonai
(Deus e Senhor). E todo o cuidado religiosa e cerimonial para falar e escrever
o nome de Jeová. E nós, como meros mortais, não podíamos fugir muito À regra
judaica de cuidado com o nome do nosso Deus.
Balela!!!
Arrego!!!
Imagina os salmistas que chamavam seu Deus de
animal, e Jesus que o comparou a uma galinha. Os judeus se perderam no cuidado
exacerbado com um paradigma completamente distante da vontade de Deus. Usar o
nome de Deus em vão, e lançar mão da sua divindade para satisfazer nossa
vontade, nosso ego, suprir nossa vaidade. E aqui cabe a velha explicação bibliológica
do significa de vão no hebraico: Vaidade!
Eu peco quando uso o nome de Deus para satisfazer
a minha vaidade. Como quando Paulo acusou alguns em uma de suas cartas, de
usaram a pretensa postura de homens de Deus para usar “mulherzinhas da cabeça
fraca”. Ou outros de enriquecerem às custas da fé alheia. Isso te lembra alguma
coisa? Posso lhe garantir que qualquer semelhança com as paginas da bíblia não
é mera coincidência.
Tem muita gente por ai usando o nome de Deus em vão.
Oferecendo aquilo que não se pode vender, as vezes porque não se vende aquilo
que não se tem, outras porque não se vende aquilo que de graça recebemos. Em troca
vem a mesma tríade de sempre: poder, dinheiro e mulher, sendo mais claro e
menos machista: status, grana e sexo!
Chame Deus como quiser, desde que seja com amor.
Chame-o de mãe, de pai, de paizinho, de amigo, de irmão, chame-o até de injusto
e infiel se isso te fizer bem. Não tenha receio em se relacionar com. Acredite,
Deus não se parece com Gandalf, seu filho Jesus, muito provavelmente o único
que o viu como ele de fato é nos disse que ele é como uma galinha que ajunta os
pintinhos debaixo de suas asas, nos disse mais, que seu pai nos ama mais do que
uma mãe que amamenta com a vida seu filho, nos ama tão absurdamente que nos
deixou seu único filho pra morrer em nosso lugar.
Então, como alguém assim se “irritaria” em ser
chamado de você? Ele se irritaria em NÃO ser chamado. Quando começamos a “chamá-lo”,
seja lá como for, alguma coisa poderosa começa a agir dentro de nós, no
coração, uma reviravolta nas entranhas, tudo toma sentido, as coisas e vida
ganham significado. Começa a existir uma segurança e um amor tão inexplicáveis e
tão reais, que o medo se dissipa como um pum, que depois de segundos ao vento não
deixa nem lembrança.
Quer começar a conhecê-lo? Vamos fazer um exercício
que me ajudou a perder essa imagem de velhinho, bem velhinho, mau e poderoso
que por anos habitou minha alma: Quem mais me amou na vida até hoje foi minha
mãe. Foi ela que me fez crescer, é ela a única pessoa que eu sei que daria a
vida por mim; logo, comecei a encarar Deus como uma mulher bem amorosa. Uma mãe
divina, que deixa o amor da minha mãe no chinelo, de tanto que me ama.
Hoje Deus é meu pai, minha mãe, meu amigo, meu
irmão, meu alvo e minha esperança. E eu o vejo naquilo que me traz alegria e
paz, crendo que um dia o verei face a face,
Hoje, meu Deus tem um nome: Jesus, o Cristo!
A Ele, a honra!
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