Alguém que ama e merece...

Faz um tempo que venho tentando prestar uma homenagem a alguém importantíssimo na minha vida. Eu pensei demais nesse momento, em que escrever, em como me expressar, em como não parecer encomendado ou como não parecer bajulador ou inverossímil.

Cheguei à conclusão de que a melhor maneira de fazer isso seria usar, como de praxe nesse blog, a minha própria vida.

Então, ai vamos nós descobrir juntos porque a minha MÃE é a melhor MÃE do mundo.

Esses tempos eu ouvi que todo amor não era de todo verdadeiro porque ele sempre tinha algum interesse particular, ou seja, eu até te amo, mas faço isso esperando receber alguma coisa em troca por esse amor. Mas, eu pensei e vi que o amor da minha mãe por mim e pelo Wolney (meu irmão) é totalmente gratuito e gracioso, ela não requer nada em troca, simplesmente nos ama.

Já de inicio eu solto uma bomba: POR CAUSA DO AMOR DA MINHA MÃE, EU VEJO DEUS MAIS COMO UMA MÃE DO QUE COMO UM PAI. A figura de amor que tenho quando penso em quem criou todas as coisas é uma MULHER. DEUS PARA MIM É MÃE, e não pai.

O maior amor que conheço é o da minha mãe. E não só pelo meu irmão e por mim, mas por milhares de pessoas, por quem ela seria capaz de se dar integralmente, de morrer.

Mãe. A imagem que marcou minha infância foi a do cuidado, principalmente do cuidado pelo meu irmão. O que ela fazia para cuidar dele nos momentos difíceis são indescritíveis, e até mesmo a atenção despendida a quem nunca mereceu, fez dela o exemplo eterno de cuidado, carinho e atenção.

Quando eu entrei no Seminário Batista, percebi que seria extremamente benéfico dizer que eu era filho da mãe; todos a adoravam, todos a respeitavam. E com o tempo eu vi que ela era lá a mesma coisa que era em casa: UMA MÃE. E mães carregam em si um imã de amor e paixão. Minha mãe não ensinava simplesmente como uma professora, mas como uma mãe, e por isso ela será sempre lembrada como a melhor que já passou por aquele lugar. Ninguém marcou tanto a vida dos alunos quanto ela. Ela fez por muitos o que a igreja não conseguiu fazer por mim ou por ela, a saber: ensinou graça e liberdade.

A mim ensinou “abnegação”, pois pediu para mim o que não pediria para ela. Se não fosse sua complexa noção materna de cuidado, ela não teria sofrido a ignomia do pedir, por alguém que não ela mesma. E fez isso por mim. No discurso de formatura, talvez o dia mais festivo da minha vida, eu dediquei aquele momento a ela, pois sem ela eu não teria conseguido.

Minha mãe me ama não por aquilo que eu faço ou deixo de fazer, tampouco me ama por eu ser bonito ou ter muitos amigos, muito menos me ama porque eu a amo, ela me ama porque me ama. E esse amor moldou o que eu sou hoje. Esse amor de mãe fez com que eu entendesse Deus.

Eu sei que mães são arquétipos de amor e cuidado, a minha é muito mais. Eu sei que mães lutam por seus filhos, a minha muito mais. Eu sei que mães roem o osso para deixar o melhor para os filhos, a minha nem come. Eu sei que mães morreriam para que seus filhos vivessem, a minha morreria muito mais. Sei que mães dão à luz esperando o melhor, a minha tratou de encomendar não o melhor, mas o excelente a Deus.

Preciso confessar que nem sempre eu fui um bom filho. Houve um período critico na minha vida. Um tempo que eu esqueci quem eu era. Um tempo que vivi como se eu nada fosse e nada representasse. Um tempo de escuridão e podridão. Mas eu sempre voltei para casa porque aqui minha mãe me esperava como se eu fosse o grande pastor que um dia ela viu saindo para pregar entre os grandes. Ela não olhava por volta de mim ou para minhas ações, ela olhava dentro dos meus olhos e via o meu coração. E lá ela e Deus enxergavam quem eu realmente era e o que eu sentia de verdade.

Foi por ter sido enxergado completamente desprovido de mim por ela, que pude ter a liberdade e condição de sempre voltar a Deus. Se a bíblia diz que pode uma mãe se esquecer de um filho, ainda assim Deus nunca se esquecerá dos seus. Se isso prova que Deus me ama mais do que minha mãe me ama, então dEle eu nunca posso me separar.

Minha mãe passou por tantas coisas que uma pessoa normal não seria capaz de suportar. Ela foi humilhada muitas vezes, foi agredida inúmeras vezes, sofreu preconceito, discriminação, traição e derrota, mas quando falava comigo e com meu irmão nós a víamos como o supremo arquétipo do amor e do cuidado. Ela desenvolveu uma capacidade de ser mãe acima de quaisquer circunstâncias, uma capacidade que devia ser investigada num laboratório da NASA.

Ela não deixou que nada fosse capaz de suplantar o amor que ela tinha por nós, os filhos!!!

Minha mãe me ensinou quem é Deus. Minha mãe me apresentou o Cristo. Minha mãe me mostrou o IDE. Minha mãe me ensinou o que era o amor incondicional e verdadeiro. Por causa dela eu amo e confio. Por causa dela eu sou quem sou. Por causa dela eu e meu irmão desfrutamos harmonia. Ela criou dois grandes homens.

Mais gratificante do que ser filho dela, é ter muitos e muitos irmãos por ai. Gente que a chama de mãe, por ser ela a figura mais completa de amor que muitos conhecem.

Esse blog só não causou mais polêmica porque ela é, algumas vezes, a linha editorial e o editor-chefe dele.

Amar a minha mãe fácil. Um número que não posso mensurar faz isso. O grande ponto dela é apresentar o Cristo.

No amor à e da minha mãe eu aprendi amar a Deus.

A ela a vida Eterna,

A Ele toda Glória!


P.S: Ainda tenho muito a dizer sobre isso...

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