Uma vez eu caminhava todo gaboso, ‘galanteador’ e querendo conquistar e/ou me aparecer simplesmente. Parecia um pavão com as plumas esvoaçantes e totalmente abertas, querendo talvez algo mais que um simples “oi”, foi quando, não mais que de repente, uma Sra(inha) passa por mim e diz: “-Oi pastor!”, pronto; e essa eu nem conhecia, e nem mesmo balde de água gelada com bisturis poderia me deixar tão sem vontade de continuar e sem graça.
Mas blz! Passou. Eu era, e ainda sou, Pastor mesmo. Aquilo me enchia de orgulho, nem tinha lido “Eu Creio na Pregação”, mas já comungava daquele ideal glamoroso que envolve um púlpito, uma obra de excelência ímpar e suprema. “Até que foi bom”, pensei eu depois, uma vez que aquilo me creditava notoriedade e respeito.
E não é que outro dia isso aconteceu de novo. Mas minha sensação dessa vez foi diferente, eu me senti mal, queria arrancar o “Pr” que carrego antes do meu nome, queria extirpar de mim uma conquista que me angustia e me pesa a alma; um titulo que na verdade é mais que um simples título, é o prisma cósmico palpável de um empreendimento que nasceu no coração de Deus. É lindo, e é honroso, mas, por um tempo me fez, às vezes ainda faz mal.
Sei que tira-lo de mim nunca será possível, e nem sei ao certo se é mesmo isso que quero, o que quero, com toda certeza, é ser livre para pensar (às vezes em voz bem alta).
Eu conviverei com o título enquanto viver, e isso é até bom, e na verdade não. Bom pois me faz lembrar quem sou e para que fui chamado, e ruim pois me assombra mesmo quando quero dormir sem pensar em gente hipócrita que minam na “igreja” de Cristo.
Ontem, no meu momento de relaxamento (quem lê entenda), lendo C.F, vi novamente que ele é o cara. Contando como foi ruim um dia em que ele sonhou que estava pregando, e acordou vendo que era apenas sonho. Num outro momento da entrevista, falando sobre usar o não usar o titulo de pastor e reverendo, o sonho era que estava pregando em determinado lugar, e ao ir buscar suas vestes pastorais, percebeu que nela estava grudada sua ‘carcaça’, uma forma de Deus dizer que o titulo esta impregnado a ele (e olha que esse texto eu comecei a escrever semana passada, antes mesmo de ler essa entrevista).
Esses dias achei meu ultimo sermão, pregando há alguns meses; cara, que sensação saudosa estranha, uma tristeza interior, cheia de suspense, uma onda de um sentimento que não consegui traduzir me envolveu, de uma tal forma que procurei avidamente todos meus sermãos que pude achar (minha letra é inconfundível, e como os faço a mão basta enxergar um rabisco em letras garrafais para identificá-los), e os coloquei numa caixinha dentro do meu quarto, como se eu quisesse preservar minha curta memória ministerial.
O que mais me dói, não é a saudade, tampouco a não remuneração eclesiástica, mas o fato de saber que prego o evangelho, e faço isso melhor que 80% dos que estão ai vivendo de pregar, e isso não é arrogância, é fato.
Eu sei que sou pois me engano, contudo só sei que nada ainda aprendi, e o que não sei aprendi sozinho.
Eu sou Pastor, tenho convicção do meu chamado. E confio que não fui eu quem quis assim, alguém quis por mim, nos demos as mãos e a coisa aconteceu, vou esperar esse alguém que quis para dar o próximo passo.
Soli Deo Gloria
Mas blz! Passou. Eu era, e ainda sou, Pastor mesmo. Aquilo me enchia de orgulho, nem tinha lido “Eu Creio na Pregação”, mas já comungava daquele ideal glamoroso que envolve um púlpito, uma obra de excelência ímpar e suprema. “Até que foi bom”, pensei eu depois, uma vez que aquilo me creditava notoriedade e respeito.
E não é que outro dia isso aconteceu de novo. Mas minha sensação dessa vez foi diferente, eu me senti mal, queria arrancar o “Pr” que carrego antes do meu nome, queria extirpar de mim uma conquista que me angustia e me pesa a alma; um titulo que na verdade é mais que um simples título, é o prisma cósmico palpável de um empreendimento que nasceu no coração de Deus. É lindo, e é honroso, mas, por um tempo me fez, às vezes ainda faz mal.
Sei que tira-lo de mim nunca será possível, e nem sei ao certo se é mesmo isso que quero, o que quero, com toda certeza, é ser livre para pensar (às vezes em voz bem alta).
Eu conviverei com o título enquanto viver, e isso é até bom, e na verdade não. Bom pois me faz lembrar quem sou e para que fui chamado, e ruim pois me assombra mesmo quando quero dormir sem pensar em gente hipócrita que minam na “igreja” de Cristo.
Ontem, no meu momento de relaxamento (quem lê entenda), lendo C.F, vi novamente que ele é o cara. Contando como foi ruim um dia em que ele sonhou que estava pregando, e acordou vendo que era apenas sonho. Num outro momento da entrevista, falando sobre usar o não usar o titulo de pastor e reverendo, o sonho era que estava pregando em determinado lugar, e ao ir buscar suas vestes pastorais, percebeu que nela estava grudada sua ‘carcaça’, uma forma de Deus dizer que o titulo esta impregnado a ele (e olha que esse texto eu comecei a escrever semana passada, antes mesmo de ler essa entrevista).
Esses dias achei meu ultimo sermão, pregando há alguns meses; cara, que sensação saudosa estranha, uma tristeza interior, cheia de suspense, uma onda de um sentimento que não consegui traduzir me envolveu, de uma tal forma que procurei avidamente todos meus sermãos que pude achar (minha letra é inconfundível, e como os faço a mão basta enxergar um rabisco em letras garrafais para identificá-los), e os coloquei numa caixinha dentro do meu quarto, como se eu quisesse preservar minha curta memória ministerial.
O que mais me dói, não é a saudade, tampouco a não remuneração eclesiástica, mas o fato de saber que prego o evangelho, e faço isso melhor que 80% dos que estão ai vivendo de pregar, e isso não é arrogância, é fato.
Eu sei que sou pois me engano, contudo só sei que nada ainda aprendi, e o que não sei aprendi sozinho.
Eu sou Pastor, tenho convicção do meu chamado. E confio que não fui eu quem quis assim, alguém quis por mim, nos demos as mãos e a coisa aconteceu, vou esperar esse alguém que quis para dar o próximo passo.
Soli Deo Gloria
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