Antes de virar o ano, antes de findar o ano que chamei de “ano da maturidade”, antes de chegar ao fim o ano que mais me desnudei pra mim mesmo, antes de por uma pedra em cima do ano de 2007, eu completei 1 ano de ordenado. 12 meses como PASTOR!
Foram intensos 365 dias, vividos com mais lágrimas do que sorrisos, que culminaram na designação do meu “horóscopo gospel tupiniquim”, em que chamei 2007 de “o ano da maturidade!”.
Quero brevemente contar como foi viver o período que me legou dia 29/12/2007 as bodas de papel.
A ordenação foi obra da Poderosa e Soberana Mão de Deus, pois em agosto eu não tinha nem igreja, e em novembro já estava com data marcada de concílio e ordenação. Meu concílio foi puro nervo (semelhante ao dia da minha prova prática no Detran), mas fui aprovado com louvor; meu culto de ordenação (digo “meu” porque este é o sentimento que tenho, não por egoísmo) foi emocionante, não tive razão naquele dia, só emoção. Ajoelhar ludyney e levantar Pr. Ludyney Claudino Moura me ensinou o que era e é temor e tremor!
Minha primeira experiência como pastor foi a Assembléia Anual da Convenção Batista Brasileira (CBB) em Florianópolis e Reunião da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB). Eu, aos 23 anos, era um jovem pastor nem ai para o preconceito dos mais velhos.
Ser barrado na entrada da reunião da OPBB, por não parecer pastor; ouvir de um idoso pastor que meu Estado era inconseqüente, pois estava ordenando guris de 14 anos, tudo isso era irrelevante, hoje viraram anedotas homiléticas, eu era um poço de gratidão ambulante, caminhava com meu crachá da OPBB pendurado como um troféu, não houve corredores que não visitei, cumprimentei pessoalmente todos os preletores da ordem que pude, estive em todos os stands da denominação; aquilo foi um sonho que vivi e sonhei acordado.
Fazia questão de voltar a pé e sozinho para o alojamento, e caminhando pela orla, num belo e iluminado calçadão a beira mar, sentindo a brisa do mar arrefecer o calor de um dia inteira sob as vestes pastorais (na verdade eu era um dos poucos a usar social e gravata), era o tempo que eu desfrutava para agradecer a Deus pela benção de estar ali. Aquela uma semana na linda Floripa, foi a experiência que alicerçou o meu ser para as agruras do ano.
Menos de três meses após este episódio, senti meu 1º baque: “Minha demissão da igreja”. Mas por quê? Eu me perguntava. Eu só estava pregando sobre perdão, não são todos merecedores de perdão? Bem, a explicação desta história fica pra uma outra hora!
Eu chorei, sofri, esperneei, mas não teve jeito. Tive de agüentar o tranco sozinho. Foram quatro meses de choro e desalento, estava onde não queria, mas devia estar, todavia sem agradar a Deus e nem a mim. Eita momentozinho crítico.
Quando estava me recuperando, meu tio, que era minha referência de pai, falece repentinamente. Aquilo mostrou mais ainda minha fraqueza, minha pequenez psicológica e meu estado de indubitável fragilidade. Chorei, sofri, deixei de dormir e de comer. Mas a vida seguiu. A grande dúvida ainda é: Quem vai me fazer chorar no dia do meu aniversário com um singelo telefonema?
Bem, já no velório eu era da um Pastor da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense, pregava no Estado todo. As dúvidas quanto a meu futuro ministerial até que me incomodavam um pouco, mas nada tão assustador que pudesse me tirar o sono. Conquanto, chegando do meu 1º retiro da OPBB-MS, me deparo com o último grande terremoto do ano. Os processos judiciais do meu pai, movidos na surdina e pilantragem contra o que restou da nossa família.
Kierkegard dizia que o “grande terremoto” de sua vida era a culpa de seu pai perante Deus. Para ele, seu pai havia amaldiçoado Deus, e como resultado toda sua família teria provado de uma maldição que sequer chegou aos céus. Todos de sua família morreram prematuramente, o próprio Kierkegard, o mais longevo de sua casa, viveu apenas até os 42 anos.
Nosso grande terremoto do ano foi a culpa que meu pai quis nos impetrar sem motivo. Não entendo ainda porque ele nos processou sem ao menos termos brigado, ou sem nunca termos desligado o telefone sem dizer o alo final pra ele (eu insistia em dizer sempre: bença pai!). Ser pego de supetão por um ato covarde, malicioso e litigioso foi demais pra mim. Não sei o que eu teria feito sem Deus.
Mas o Eterno se mostrou no controle em todo o tempo. Quando me faltou a paciência (minha virtude que tão exagerada se torna defeito), Ele a deu a minha mãe (que quando nervosa e querendo defender um filho, desconhece a palavra “razão”). Sempre sentimos Deus e os amigos perto. Findar o ano convicto de que temos muitos amigos, e de que somos exacerbadamente amados por Deus é fantástico.
Bem, palavras breves, mas que, pelo menos em mim, foram capciosas. Trouxeram-me sentimentos antagônicos, e desejos fortuitos de mais relatar, porém, Deus esta no Controle.
Foram 12 meses como Pr. Ludyney C. Moura, sai de uma igreja pequena de periferia, passei por um período de pregar de favor na igreja de amigos, entrei na convenção e meu sermão passou a ser requisitado, e termino este agitado ano cheio de dúvidas (é isso mesmo, aglutinei tanta informação eclesiológica que preciso refrear minha retórica toda mensagem). Mas consciente de que só sou o que sou, porque Deus quis!
Este foi o “Ano da Maturidade”, um presente (que às vezes pensei ser de grego) dado pelo sustentador da minha fé e salvação!
Soli Deo Gloria
Foram intensos 365 dias, vividos com mais lágrimas do que sorrisos, que culminaram na designação do meu “horóscopo gospel tupiniquim”, em que chamei 2007 de “o ano da maturidade!”.
Quero brevemente contar como foi viver o período que me legou dia 29/12/2007 as bodas de papel.
A ordenação foi obra da Poderosa e Soberana Mão de Deus, pois em agosto eu não tinha nem igreja, e em novembro já estava com data marcada de concílio e ordenação. Meu concílio foi puro nervo (semelhante ao dia da minha prova prática no Detran), mas fui aprovado com louvor; meu culto de ordenação (digo “meu” porque este é o sentimento que tenho, não por egoísmo) foi emocionante, não tive razão naquele dia, só emoção. Ajoelhar ludyney e levantar Pr. Ludyney Claudino Moura me ensinou o que era e é temor e tremor!
Minha primeira experiência como pastor foi a Assembléia Anual da Convenção Batista Brasileira (CBB) em Florianópolis e Reunião da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB). Eu, aos 23 anos, era um jovem pastor nem ai para o preconceito dos mais velhos.
Ser barrado na entrada da reunião da OPBB, por não parecer pastor; ouvir de um idoso pastor que meu Estado era inconseqüente, pois estava ordenando guris de 14 anos, tudo isso era irrelevante, hoje viraram anedotas homiléticas, eu era um poço de gratidão ambulante, caminhava com meu crachá da OPBB pendurado como um troféu, não houve corredores que não visitei, cumprimentei pessoalmente todos os preletores da ordem que pude, estive em todos os stands da denominação; aquilo foi um sonho que vivi e sonhei acordado.
Fazia questão de voltar a pé e sozinho para o alojamento, e caminhando pela orla, num belo e iluminado calçadão a beira mar, sentindo a brisa do mar arrefecer o calor de um dia inteira sob as vestes pastorais (na verdade eu era um dos poucos a usar social e gravata), era o tempo que eu desfrutava para agradecer a Deus pela benção de estar ali. Aquela uma semana na linda Floripa, foi a experiência que alicerçou o meu ser para as agruras do ano.
Menos de três meses após este episódio, senti meu 1º baque: “Minha demissão da igreja”. Mas por quê? Eu me perguntava. Eu só estava pregando sobre perdão, não são todos merecedores de perdão? Bem, a explicação desta história fica pra uma outra hora!
Eu chorei, sofri, esperneei, mas não teve jeito. Tive de agüentar o tranco sozinho. Foram quatro meses de choro e desalento, estava onde não queria, mas devia estar, todavia sem agradar a Deus e nem a mim. Eita momentozinho crítico.
Quando estava me recuperando, meu tio, que era minha referência de pai, falece repentinamente. Aquilo mostrou mais ainda minha fraqueza, minha pequenez psicológica e meu estado de indubitável fragilidade. Chorei, sofri, deixei de dormir e de comer. Mas a vida seguiu. A grande dúvida ainda é: Quem vai me fazer chorar no dia do meu aniversário com um singelo telefonema?
Bem, já no velório eu era da um Pastor da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense, pregava no Estado todo. As dúvidas quanto a meu futuro ministerial até que me incomodavam um pouco, mas nada tão assustador que pudesse me tirar o sono. Conquanto, chegando do meu 1º retiro da OPBB-MS, me deparo com o último grande terremoto do ano. Os processos judiciais do meu pai, movidos na surdina e pilantragem contra o que restou da nossa família.
Kierkegard dizia que o “grande terremoto” de sua vida era a culpa de seu pai perante Deus. Para ele, seu pai havia amaldiçoado Deus, e como resultado toda sua família teria provado de uma maldição que sequer chegou aos céus. Todos de sua família morreram prematuramente, o próprio Kierkegard, o mais longevo de sua casa, viveu apenas até os 42 anos.
Nosso grande terremoto do ano foi a culpa que meu pai quis nos impetrar sem motivo. Não entendo ainda porque ele nos processou sem ao menos termos brigado, ou sem nunca termos desligado o telefone sem dizer o alo final pra ele (eu insistia em dizer sempre: bença pai!). Ser pego de supetão por um ato covarde, malicioso e litigioso foi demais pra mim. Não sei o que eu teria feito sem Deus.
Mas o Eterno se mostrou no controle em todo o tempo. Quando me faltou a paciência (minha virtude que tão exagerada se torna defeito), Ele a deu a minha mãe (que quando nervosa e querendo defender um filho, desconhece a palavra “razão”). Sempre sentimos Deus e os amigos perto. Findar o ano convicto de que temos muitos amigos, e de que somos exacerbadamente amados por Deus é fantástico.
Bem, palavras breves, mas que, pelo menos em mim, foram capciosas. Trouxeram-me sentimentos antagônicos, e desejos fortuitos de mais relatar, porém, Deus esta no Controle.
Foram 12 meses como Pr. Ludyney C. Moura, sai de uma igreja pequena de periferia, passei por um período de pregar de favor na igreja de amigos, entrei na convenção e meu sermão passou a ser requisitado, e termino este agitado ano cheio de dúvidas (é isso mesmo, aglutinei tanta informação eclesiológica que preciso refrear minha retórica toda mensagem). Mas consciente de que só sou o que sou, porque Deus quis!
Este foi o “Ano da Maturidade”, um presente (que às vezes pensei ser de grego) dado pelo sustentador da minha fé e salvação!
Soli Deo Gloria
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