Talvez eu não pareça ser o mais gabaritado para falar, ou escrever, isto, haja visto que nunca tive um exemplo "religioso" de família em casa, pelo menos não era o estereótipo de uma perfeita família cristã. Apesar dos 20 anos de casamento dos meus pais, eles nunca mostraram mentiras, eram verdadeiros em transparecer que não eram felizes na vida conjugal, ao menos isso.
E foi minha mãe que assumiu e viveu o papel de responsável pela criação dos filhos, foi com ela que fui pela 1ª vez num estádio, era ela que nos incentivava a jogar bola, tenho guardado apenas a imagem dela nos cuidando nas enfermidades, e era ela quem se entristecia (e ainda o faz de vez em quando hoje) quando meu irmão e eu brigávamos. E ah, ela sempre deu o ombro pra chorarmos, e é quem demonstra alegria por nossas conquistas.
Depois que veio o divórcio pensamos que seria a derrocada familiar, vivemos a partir daí o antagonismo das perspectivas. Nós que sobramos na Av. Aeroporto, 452, passamos a conviver numa dependência sem igual; descobri que, agora sim, somos a célula-base da sociedade. Não há mais medo e temor, não vivemos sob a ditadura da quietude e do exacerbado respeito a um coronelismo paterno arcaico. Existe respeito mútuo.
Descobri que o cuidado engendra amor, ao passo que passei a me preocupar mais com meu irmão aprendi a amá-lo mais, a respeitá-lo como homem, e mesmo sendo mais novo que eu, me conhece mais do que eu o conheço. Fiquei surpreso ao ser ensinado por ele de algumas particularidades do meu comportamento, idiossincrasias minhas percebidas com sabedoria e parcimônia por ele, algumas das quais são palpáveis e reais, mas que eu nunca tinha me atentado.
Dentro das minhas limitações e imperfeições humanas, tento cooperar com o desenvolvimento da minha casa. Sei que podia fazer mais, mas erro freqüentemente por meu egoísmo e orgulho, ao menos já os detectei e posso trabalhar para sana-los. Por vezes tentando acertar eu falho, mas não desisto de tentar; e tenho que convicção que já aprendi bastante com a vida, e tenho muito pra dar.
Logo que entrei no ministério mergulhei na irresponsabilidade do novo, da apaixonante realidade pastoral; larguei tudo para me dedicar 100% à igreja. E quando estava esquecendo dos da minha casa, Deus me levou a ouvir inúmeras palavras com o mesmo tema: “1° Deus, 2° Família e depois ministério”. Uma das que mais me chamaram a atenção, foi a do Pr. Tércio, no congresso da OPBB em Florianópolis, aquilo me impactou.
Voltei a olhar com bons olhos para minha casa, e falar da minha mãe é chover no molhado. O apelido que eu a dei diz tudo “Canal de Bênçãos”. Mas até do meu irmão comecei a sentir ciúmes. Tenho descoberto que o amor não fala de si, o amor age, o amor faz. E dentro de casa o amor precisa ser visto no respeito, nas ações, na vulnerabilidade, em abrir mão de certas coisas em prol do outro.
Bem, por hoje é só. Me família me têm feito bem, e os tenho feito bem, nós nos apoiamos, crescemos, amamos, sofremos, padecemos, mas temos mantido a fé naquele que primeiro nos amou. Toda Honra seja só dEle.
Soli Deo Gloria
E foi minha mãe que assumiu e viveu o papel de responsável pela criação dos filhos, foi com ela que fui pela 1ª vez num estádio, era ela que nos incentivava a jogar bola, tenho guardado apenas a imagem dela nos cuidando nas enfermidades, e era ela quem se entristecia (e ainda o faz de vez em quando hoje) quando meu irmão e eu brigávamos. E ah, ela sempre deu o ombro pra chorarmos, e é quem demonstra alegria por nossas conquistas.
Depois que veio o divórcio pensamos que seria a derrocada familiar, vivemos a partir daí o antagonismo das perspectivas. Nós que sobramos na Av. Aeroporto, 452, passamos a conviver numa dependência sem igual; descobri que, agora sim, somos a célula-base da sociedade. Não há mais medo e temor, não vivemos sob a ditadura da quietude e do exacerbado respeito a um coronelismo paterno arcaico. Existe respeito mútuo.
Descobri que o cuidado engendra amor, ao passo que passei a me preocupar mais com meu irmão aprendi a amá-lo mais, a respeitá-lo como homem, e mesmo sendo mais novo que eu, me conhece mais do que eu o conheço. Fiquei surpreso ao ser ensinado por ele de algumas particularidades do meu comportamento, idiossincrasias minhas percebidas com sabedoria e parcimônia por ele, algumas das quais são palpáveis e reais, mas que eu nunca tinha me atentado.
Dentro das minhas limitações e imperfeições humanas, tento cooperar com o desenvolvimento da minha casa. Sei que podia fazer mais, mas erro freqüentemente por meu egoísmo e orgulho, ao menos já os detectei e posso trabalhar para sana-los. Por vezes tentando acertar eu falho, mas não desisto de tentar; e tenho que convicção que já aprendi bastante com a vida, e tenho muito pra dar.
Logo que entrei no ministério mergulhei na irresponsabilidade do novo, da apaixonante realidade pastoral; larguei tudo para me dedicar 100% à igreja. E quando estava esquecendo dos da minha casa, Deus me levou a ouvir inúmeras palavras com o mesmo tema: “1° Deus, 2° Família e depois ministério”. Uma das que mais me chamaram a atenção, foi a do Pr. Tércio, no congresso da OPBB em Florianópolis, aquilo me impactou.
Voltei a olhar com bons olhos para minha casa, e falar da minha mãe é chover no molhado. O apelido que eu a dei diz tudo “Canal de Bênçãos”. Mas até do meu irmão comecei a sentir ciúmes. Tenho descoberto que o amor não fala de si, o amor age, o amor faz. E dentro de casa o amor precisa ser visto no respeito, nas ações, na vulnerabilidade, em abrir mão de certas coisas em prol do outro.
Bem, por hoje é só. Me família me têm feito bem, e os tenho feito bem, nós nos apoiamos, crescemos, amamos, sofremos, padecemos, mas temos mantido a fé naquele que primeiro nos amou. Toda Honra seja só dEle.
Soli Deo Gloria
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