Estamos na crista de uma discussão acerca do PCL 122/2206 (Projeto de Lei da Câmara, de autoria da deputada Iara Bernardi (PT), que pretende incluir na Lei 7.716/89 (lei anti-racismo) os crimes de discriminação e preconceito em razão de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero) que criminaliza manifestações homofóbicas em todo o território nacional, e os “evangélicos” brasileiros estão envolvidos numa defesa da fé cristã.
Defendendo o direito de pregar contra o pecado da homossexualidade (ou homossexualismo); conquanto, eu estou (ou sou) num momento de questionamento e critica para com minha amada igreja evangélica tradicional brasileira. E este é mais um escrito de dúvida.
Outro dia fui participar de um seminário sobre sexualidade e violência. Na verdade era um fórum evangélico contrário a aprovação desta lei. Um momento de demonstração de união e força dos crentes. Cerca de 800 pessoas reunidas em um belo auditório, ouvindo autoridades políticas e eclesiásticas reprovando o homossexualismo, e fazendo quorum para os políticos presentes.
Eu então parei pra lembrar. Estou na igreja há 24 anos, digamos que eu tenha prestado atenção nas mensagens somente a partir dos 12 anos, então eu sou um crente observador há no mínimo 12 anos, e nesse tempo todo eu lembro que foram pouquíssimas as vezes que reprovamos tão veementemente um pecado e um pecador como estamos fazendo agora.
Não sou contra essa mobilização, nem tampouco favorável a esta supervalorização da “liberdade de orientação sexual”, mas sou contra transformar nosso povo, e nossa igreja em curral eleitoral. “-Vamos levar bastante gente, porque é disso que político gosta. Precisamos encher aquele auditório”, isso foi dito para nos convencer a estar presente, quando seria necessário apenas: “-Vamos mostrar que temos princípios cristãos!”.
Não é para mostrar nossa força política que nos mobilizamos, nem para ameaçar os homossexuais, mas para dizermos que esta existe erros nessa lei, ela é um atentado contra a liberdade religiosa, ela fere princípios que nos são garantidos pela Constituição Federal, e sumariamente pela Bíblia. Esta última, que deve pautar nossas atitudes e princípios.
Nesta reunião política de defesa da “fé evangélica”, vi muita demagogia, politicagem e preconceito. Demagogia por se afirmar categórica e paternalisticamente, afim de arrancar ovações, que “posso ir preso, mas não deixarei de falar a verdade”; politicagem porque cada parlamentar presente teve seu momento holofote; e preconceito pois não se mostrou verdadeiro respeito pelo pecador, uma afronta a um homossexual em meio a centenas de pessoas, pode ser algo extremamente vexatório, e isso pode servir para afasta-lo eternamente de uma igreja..
Nós não dizemos a um fofoqueiro de púlpito: “Fulano, você é um pecador, oprimido pelo diabo, e precisa de libertação, oro para que Jesus tome sua vida”, ou para uma mentiroso: “Cidadão, estão dizendo o nome do seu pai para se referir ao diabo como pai da mentira. Você é uma piada, que Cristo tenha piedade da sua alma”. Eu nunca vi isso, pode até ser que aconteça.
Mas quando um político contestado, usa do poder do microfone, dentro de uma igreja para envergonhar um pecador, ai eu posso questionar: Quem tem o direito de julgar a alma de alguém?
Infelizmente a igreja evangélica no meu Estado (limito a este pedaço de terra, pois o conheço muito bem), têm se preocupado mais com seu umbigo, não que isto esteja errado, mas pensar apenas em si mesmo é desequilibrar a balança do cristianismo. Olhemos para o todo, olhemos para o pecador com caridade (praticando o amor, não apenas proferindo-o). De que valerá o senado reprovar esta lei, se nós depois vamos arrefecer em nossa luta contra o pecado? Vou além, seria o Senado Brasileiro digno de confiança para decidir sobre princípios soberanos de uma Nação? Os escândalos respondem por mim.
Que o combate ao pecado seja feito no âmbito que a bíblia quer (Ef. 6:10-12), que levemos nós a verdade que liberta ao pecador (Jô 8:32).
Soli Deo Gloria
Defendendo o direito de pregar contra o pecado da homossexualidade (ou homossexualismo); conquanto, eu estou (ou sou) num momento de questionamento e critica para com minha amada igreja evangélica tradicional brasileira. E este é mais um escrito de dúvida.
Outro dia fui participar de um seminário sobre sexualidade e violência. Na verdade era um fórum evangélico contrário a aprovação desta lei. Um momento de demonstração de união e força dos crentes. Cerca de 800 pessoas reunidas em um belo auditório, ouvindo autoridades políticas e eclesiásticas reprovando o homossexualismo, e fazendo quorum para os políticos presentes.
Eu então parei pra lembrar. Estou na igreja há 24 anos, digamos que eu tenha prestado atenção nas mensagens somente a partir dos 12 anos, então eu sou um crente observador há no mínimo 12 anos, e nesse tempo todo eu lembro que foram pouquíssimas as vezes que reprovamos tão veementemente um pecado e um pecador como estamos fazendo agora.
Não sou contra essa mobilização, nem tampouco favorável a esta supervalorização da “liberdade de orientação sexual”, mas sou contra transformar nosso povo, e nossa igreja em curral eleitoral. “-Vamos levar bastante gente, porque é disso que político gosta. Precisamos encher aquele auditório”, isso foi dito para nos convencer a estar presente, quando seria necessário apenas: “-Vamos mostrar que temos princípios cristãos!”.
Não é para mostrar nossa força política que nos mobilizamos, nem para ameaçar os homossexuais, mas para dizermos que esta existe erros nessa lei, ela é um atentado contra a liberdade religiosa, ela fere princípios que nos são garantidos pela Constituição Federal, e sumariamente pela Bíblia. Esta última, que deve pautar nossas atitudes e princípios.
Nesta reunião política de defesa da “fé evangélica”, vi muita demagogia, politicagem e preconceito. Demagogia por se afirmar categórica e paternalisticamente, afim de arrancar ovações, que “posso ir preso, mas não deixarei de falar a verdade”; politicagem porque cada parlamentar presente teve seu momento holofote; e preconceito pois não se mostrou verdadeiro respeito pelo pecador, uma afronta a um homossexual em meio a centenas de pessoas, pode ser algo extremamente vexatório, e isso pode servir para afasta-lo eternamente de uma igreja..
Nós não dizemos a um fofoqueiro de púlpito: “Fulano, você é um pecador, oprimido pelo diabo, e precisa de libertação, oro para que Jesus tome sua vida”, ou para uma mentiroso: “Cidadão, estão dizendo o nome do seu pai para se referir ao diabo como pai da mentira. Você é uma piada, que Cristo tenha piedade da sua alma”. Eu nunca vi isso, pode até ser que aconteça.
Mas quando um político contestado, usa do poder do microfone, dentro de uma igreja para envergonhar um pecador, ai eu posso questionar: Quem tem o direito de julgar a alma de alguém?
Infelizmente a igreja evangélica no meu Estado (limito a este pedaço de terra, pois o conheço muito bem), têm se preocupado mais com seu umbigo, não que isto esteja errado, mas pensar apenas em si mesmo é desequilibrar a balança do cristianismo. Olhemos para o todo, olhemos para o pecador com caridade (praticando o amor, não apenas proferindo-o). De que valerá o senado reprovar esta lei, se nós depois vamos arrefecer em nossa luta contra o pecado? Vou além, seria o Senado Brasileiro digno de confiança para decidir sobre princípios soberanos de uma Nação? Os escândalos respondem por mim.
Que o combate ao pecado seja feito no âmbito que a bíblia quer (Ef. 6:10-12), que levemos nós a verdade que liberta ao pecador (Jô 8:32).
Soli Deo Gloria
Comentários
a 2ª se trata de um link para o meu testemunho:
http://lindemberg.multiply.com/journal/item/1
Obrigado pelas visitas... há, eu também sou batista!