Confiando cegamente em Deus


Confiar cegamente em Deus, hoje é a única opção que tenho. Quando o vento soprar contra mim, os problemas tentam me abater, eu me lembro: “O Grande EU SOU me enviou”.
As vezes estamos numa zona miserável de conforto, um lugar que nos faz sentirmos seguros, por vezes acomodados, sem vontade de mudar ou crescer. E ai Deus queima nossa casa. E pra isso tenho uma simples ilustração....:

Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano. Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.
Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas arvores e com muito esforço conseguiu construir uma casinha para ele. Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.
Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca. Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:
"Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar todinha. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?"
Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo: "Vamos rapaz!". Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo: "Vamos rapaz, nós viemos te buscar", "Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?", "Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante."
Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus queridos.
Quantas vezes nossa "casa se queima" e nós gritamos como aquele homem gritou? Em Romanos 8:28 lemos que todas as coisa contribuem para o bem daqueles que amam a Deus. Às vezes, é muito difícil aceitar isto, mas é assim mesmo. É preciso crer e confiar!


Pois é. Eu estava tranqüilo, em minha cabana num lugar deserto, comia pouco mais que peixes e ervas, o medíocre ordenado mensal me permite um danone e um bis vez por outra. Minha cabana também tem, ou tinha, ventilador, e eu até mandei arrumar o portão de elevação, um belo desenho animado - tipo “Madagascar”, nossas cabanas são verdadeiros oásis. Mas hoje minha casa pegou fogo.
Há uns cinco anos o avião onde estava caiu, sobrevivemos eu, a mãe e o wolney, parecia tudo perdido, o piloto derrubou o avião de propósito, saiu apenas com alguns arranhões, porquê será que ele queria nos machucar? Sei lá, má índole provavelmente.
Em nosso lugar deserto, comíamos muita erva (alface, couve, agrião, brócolis, etc) e algumas carnes, nada muito suntuoso, mais próximo da elegante pobreza, do que da parca riqueza.
Agora, o mesmo piloto que derrubou nosso avião, voltou para nos agredir novamente. O cara que pagou a contragosto minha formação secular, o mesmo que agrediu minha mãe, e fugiu do meu irmão. Agora ele voltou, apareceu como nos filmes de terror, onde o vilão era morto, nós o víamos morrendo, era enterrado, mas na seqüência do filme, lá estava ele, mais perverso e temido.
Nosso vilão voltou, e agora devastou nossa plantação de ervas, e contaminou a água onde pescávamos. E estamos vendo-o com um fósforo na mão e gasolina na outra encharcando nossa cabana com material altamente inflamável. Mas estamos longe, estamos tentando pescar na foz do rio, e colher as raízes pra comer, quando chegarmos na casa as chamas já a terão consumido.
No filme “O Naufrago”, Hanks sobe no alto de um monte para tentar apanhar um pedaço resistente de cipó, e lá de cima olha seu pequeno refúgio. É como se estivéssemos no alto com ele, o vilão lá em baixo, prestes a incendiar nossa não tão modesta cabana.
Há apenas duas diferenças entra a minha história e a ilustração. Eu não pedi pra embarcar no avião, mas agradeci por sua queda, e eu sei muito bem quem foi o canal de destruição de nossa cabana. Mais uma vez um vilão destruidor de portos.
E eu estou sentado numa pedra, ao lado da cabana queimada, esperando o toque de um “ággelos” a me dizer: “Vem, viemos te salvar”; até esse momento chegar, eu sigo chorando e confiando...

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