Discutindo Alguns Termos Cotidianos:
Termos técnicos usados no meio eclesiástico hoje e que em nada nos fazem lembrar aquilo que a palavra prega. Talvez não seja necessário esmiúça-los um a um, entretanto poderíamos nos prender à explanação de uma única verdade deixada de lado por inúmeros crentes e lideres cristãos no meio evangélico, não somente no Brasil, mas no em todo o mundo; essa verdade é: devemos amar a Deus por aquilo que Ele é, e viver em adoração como Ele quer, simplesmente porque Ele nos amou primeiro.
Todos os termos elencados no inicio no texto, nos servem como base para construção do mesmo, a despeito da singularidade de cada um, e da especificidade, não somente etimológica, mas principalmente da práxis e conceituação de cada enojante termo, o que se percebe é uma falta de princípios bíblicos verdadeiros, firmados na palavra de Deus enquanto verdade axiomática. Por vezes na produção dessas teologias, que eufemisticamente denomino de “equivocadas”, há uma total ausência daquilo que entendemos ser o “guiar” ou dirigir do Espírito Consolador.
O líder da igreja primitiva na cidade santa, Thiago, escreveu aos seus: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Será que temos percebido que os adeptos do materialismo cristão têm se achegado a Deus? Ou àqueles que cultuam sinais, é correto dizer Deus que tem se achegado até eles com seus prodigiosos poderes divinos? A resposta a essas perguntas já sabemos, ambas recaem num enfático negativismo.
É claro que não devemos menosprezar as manifestações miraculosas do poder que há no nome de Jesus, seria hipócrita dizer que sou indiferente a elas, uma vez que usufruir de sinais e prodígios me enchem de gozo e prazer, toda as vezes que sou agraciado por quaisquer uma manifestação sobrenatural do poder de Deus. Mas, viver buscando somente os sinais, os milagres, as curas, as palavras proféticas, isso sim já é um erro crasso. Amar a Deus por aquilo que Ele é, não por aquilo que Ele faz.
A tônica da mensagem da Cruz é a vida de santidade e amor que devemos ter, afim de que glorificar a Deus em tudo quanto fizermos, para que Ele nos conceda a graça de sermos chamados filhos eternos do pai das luzes. Mudar o foco da mensagem de Cristo, é incorrer em erros que oriundam as pseudo teologias acima citadas. Movimentos que recorrem àquilo que as pessoas anseiam ver ou ter, ou simplesmente ouvir, e não àquilo que a bíblia diz, à verdade Cristocêntrica da Palavra de Deus.
A estes indivíduos não estão reservadas as bênçãos celestiais plausíveis aos santos, antes, tais pessoas acabam por se viciarem em tais ideologias cristãs, e delas dependem, sempre, para entrar em contato com o transcendente, muitas ficando somente no âmbito emocional, sem atingir um mínimo relacionamento com o sobrenatural criador das estações. E assim como os narco-dependentes carecem de auxilio espiritual para se livrarem dos entorpecentes, tais crentes nominais carecem de uma brusca e profunda visitação dos céus para se voltarem para aquilo que habita o coração de Deus.
“Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas”, isso foi o que disse o apostolo Paulo sobre tais adeptos a uma das igrejas da Macedônia. Pessoas que só pensam nas coisas terrenas, a elas estão destinadas objetivos e tesouros que podem ser consumidos pela e traça e por ferrugem.
Por fim, gosto muito da frase de John Piper que diz “a adoração é o combustível de missões”, o que isso tem a ver com o texto? Já explico, devemos voltar nosso foco para aquilo que realmente importa, a saber: sermos obedientes àquele que em perfeita bondade nos criou, adorando-o da maneira que ele ensinou, ou seja, em espírito e em verdade, de mãos limpas e coração puro, afim de que toda iniqüidade que por ventura persista em permanecer no arraial dos santos, seja extirpada como um câncer maligno que só faz prejudicar o pleno andamento da obra remidora do Reino de Cristo entre os homens.
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