Ações de Deus....

Como já é notório, estive pensando e, pra variar, escrevi.
Não tenho pretensão de sistematizar doutrinas, engendrar dogmas, tampouco produzir axiomas cristãos.
Explano sobre o que creio, geralmente pensamentos acerca de Deus baseados em mim mesmo, ou nas minhas experiências. Sei também que elas são limitadas, todavia não é o exemplo que tornar regra, mas princípios de atuação divina. E é isto que quero novamente fazer.
Há muitos meandros da minha práxis que prefiro não revelar, quase que tomando por base o que Jesus disse sobre os que auto-proclamam sua aparência contristada (Mt 6:16); outras coisas sei que foram dadas especificamente a mim, apenas para meu usufruto (nada que você também não tenha vivido).
Estas palavras escrevo a 39.000 pés (pouco mais de 11 kms), a um velocidade de aproximadamente 800km\h, e como há tempo não escrevo, vale duas elucubrações: 1) a capacidade criativa, transformativa e intelectual do homem diante da perfeição do Criador; 2) como Deus me fez vir parar aqui em cima!
Cara, 11kms do chão, como foi que o homem foi capaz de criar uma coisa dessas, que balança no ar com assas artificiais e fabricadas em escala, e ainda consegue me fazer sossegar “nos ares”. Coisa de loko!
Essa semana quando o avião estava descendo no Aeroporto de Congonhas, onde não há espaço necessário para a Pista de Pouso (como existe na minha querida Campo Grande), só se vê prédios e casas, e de repente se sente tocando o solo. Uma maravilha da criatura (o avião) que quase pode tocar o lugar onde morar o Criador (o céu – perdoem-me esse essa ingenuidade eufêmica infantil), e que acabando passando despercebido no dia-a-dia da maioria da população.
O homem pode muito em sua força e ações, ele cria e transforma paisagens com a velocidade de um raio. Imagine o Criador da criatura.
A 39.000 pés pensei, como uma criança, “estou perto de Deus, vou orar!”, e Ele em sua imensidão de Poder e Soberania, usa aquilo que penso ser sua casa, como escabelo dos seus pés (Is 66:1), ou um capacho para descansar os pés. Ah seu eu pudesse unir minha inteligência humana ao tremendo poder do Eterno, eu seria invencível (ou imortal), e quando, mesmo que mínima e raramente, eu faço isso nasce o que se conhece por fé (parece meio insano isso).
Mas não teve alguém que disse que fé é dom de Deus? E outro que disse que a fé é irracional? Como então pode ser a união da minha inteligência com o poder de Deus? Talvez se eu chamar de inteligência apenas uma fagulha da subjetividade oriunda do meu eu; Aí sim.
Deus é! Oxalá não apenas fagulhas, mas toda a labareda nascida do meu ser se una a Ele!
Vamos para a 2ª parte desse devaneio literário...
Por dois dias eu estive representando 35 mil crentes, 261 igrejas e 144 missões, eu ahahahahaha, é cômico, por vezes, o agir de Deus. Estultícia aos nossos olhos.
Posso afirmar que me senti como Davi. Vejo Jessé enfileirando seus sete filhos (I Sm 16:10), todos belos de aparência , apreciáveis aos olhos, com boa estatura e força, mas Deus escolheu o esquecido; o Senhor escolhe o menino que apascentava um rebanho que não era seu.
Ao chegar ao treinamento da Associação Evangelística Billy Graham, vi nomes consagrados na minha e em outras denominações. Diretores executivos, coordenadores nacionais, superintendentes e até presidentes convencionais. Ao lado deles, eu. Deus é e ponto.
E justo eu que sou o mais novo pastor batista do meu Estado, e cuido de um rebanho que não é meu. Quiçá Deus tenha para mim uma parcialidade do ministério do grande-rei-quase-messias.
Meu desejo não é reinar, mas quero ter um legado de batalhador pelo reino de YahWeh, e para isso confiarei no Deus, em cujo coração Davi forjou o seu próprio. Quero confiar no Elohim Adonai, com todas as minhas forças, haja o que houver.
Sei que minha existência não passa de um sopro dado pelo criador do absoluto, mesmo antes de qualquer concepção ontológica pudesse ser sonhada.
Opa, turbulência, a geringonça tremeu no ar, como pode não sucumbir às rajadas dos ventos, que, assim como o Espírito, sopram sua força para onde querem.
E por aqui termino, ou Deus é tudo ou nada vale a pena. Tudo sem Ele não passa de uma bela (nem sempre) ilusão temporária, tipo uma rápida experiência extra-corpórea, pois daqui a pouco, se Deus quiser e ele há de querer, eu desço no chão (ufa!) e volto à vida; e as elucubrações caem no lugar comum digno do chavão: “marasmo do cotidiano”.

Soli Deo Gloria

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